Sempre de olho de como a Cultura interfere nos processos de transformação das organizações, nos deparamos com mais um excelente artigo de Sigar Barsade e Olivia A. O'Neill: Manage your Emotional Culture; publicado na Harvard Business Review de janeiro-fevereiro de 2016. Aqui, já começa o primeiro ponto interessante, o artigo é de 2016.


Os autores mencionam a presença das Emoções nos processos de compreensão, gestão e adaptação dos traços culturais de uma organização. Outro ponto interessante, o reforço dos conceitos sobre Emoções nos processos organizacionais.


Para eles, as empresas ainda não percebem como as Emoções são centrais para construir os traços mais adequados aos movimentos de transformação. Essas organizações tendem a se concentrar na cultura cognitiva, ou seja, nos valores intelectuais compartilhados, normas, procedimentos, artefatos e suposições que sustentam, de forma geral, como as pessoas pensam e se comportam no trabalho. Embora isso seja incrivelmente importante, como mostram todos os estudos sobre Cultura Organizacional, a pesquisa dos autores mostra que estas considerações são apenas parte da história. A segunda parte, tão crítica como a primeira, está na cultura emocional, que governa os sentimentos que essas pessoas têm e expressam no trabalho.


Muito interessante e importante, pois Barsade e O'Neill descobriram que a cultura emocional influencia a satisfação das pessoas, seu nível de esgotamento, o trabalho em equipe e até mesmo o desempenho financeiro e o absenteísmo. Negligenciar esta parte da cultura, comprometerá o pleno desenvolvimento da organização, seus resultados, bem como todo o processo de transformação planejado. Para isso, não há necessidade de conhecer e mapear cerca de 135 emoções como o psicólogo social Phil Shaver e seus colegas descobriram, basta compreender as mais básicas: alegria, amor, raiva, medo, tristeza.


Como complemento, para cultivar uma cultura emocional específica, Barsade e O'Neill propõe fazer com que as pessoas sintam as emoções valorizadas pela organização ou equipe, ou pelo menos se comportem como se sentissem. Para eles existem três métodos eficazes: observar as emoções apresentadas pelas pessoas como respostas aos movimentos da organização, reconhecer a origem e trabalhar as emoções sem críticas, e dar liberdade para que as emoções esteja, presentes de forma respeitosa.

Portanto, gerenciar as emoções, de forma consciente ajudará com que a empresa alcance seus objetivos de forma efetiva.


Regis Lucci | Linea Consulting

Vale a leitura em https://hbr.org/2016/01/manage-your-emotional-culture