O que o desprezo, o ódio, a ansiedade, a vergonha e o arrependimento têm em comum? De acordo com David Hawkins, eles podem estar degradando nossas forças, nossas energias.

Não é nenhum segredo que nossas emoções podem desempenhar um papel significativo em nossos problemas mentais e físicos, pois as mesmas possuem uma quantidade específica de energia. Poderosas como as nossas emoções podem ser, existe uma boa notícia, podemos trabalhar com elas. De fato, a regulação emocional é uma parte vital do amadurecimento socialmente e um importante pilar da saúde mental das pessoas. Porém, a proposta segue além do modo de pensar e sim, na gestão emocional e que se poderá ajudar as pessoas à alavancar as suas emoções para um crescimento pessoal e profissional. Gerenciar as emoções, de acordo com a Professora da Harvard Medical School, Susan David, é praticar um conjunto de habilidades que se baseia na nossa capacidade de identificar, compreender e classificar as nossas emoções para permitir o crescimento individual por meio de um melhor relacionamento social.

Neste sentido, torna-se importante desenvolver uma prática de gestão emocional. Iniciando pela atitude de não esconder as emoções, pois enterra-las proporcionará um arriscado impacto afetando a oportunidade de conhecer e desenvolver as características de resiliência. O segundo ponto está em procurar entender a origem interna que se apresenta como uma emoção, rastreando os sentimentos vividos em situações semelhantes no passado que acabaram registrando pontos importantes na vida. Sermos vítimas de nossas emoções nos deixa fora de controle. Mas entender sua história de origem é o primeiro passo para desafiar a emoção que vem disso. O terceiro ponto está na construção de um vocabulário emocional, pois uma grande emoção sem um nome pode parecer esmagador e interminável. Nomeá-las nos dá poder para ser realista sobre seu impacto e encontrar uma solução. Para a professora Lisa Feldman Barrett, realizar uma má interpretação das emoções pode nos causar atitudes inadequadas uma vez que as nossas sensações sempre se apresentam de forma semelhantes. Por exemplo, por confundir tristeza como desânimo ou desapontamento.

Enfim, ao ignorar os nossos desafios emocionais, poderemos perder importantes oportunidades de crescimento. O ideal é que por meio da gestão emocional, as pessoas possam aproveitar as emoções para se desenvolverem pessoalmente e socialmente. Como mostra a proposta de Susan David, as pessoas deveriam trocar a atitude de pisar no freio a partir das emoções que se apresentam, para acelerarem a partir da compreensão e gestão das mesmas.

A capacidade de reconhecer, possuir e moldar suas próprias emoções é uma maestria em se aprofundar na intimidade relacional com as outras pessoas, elevando a sua influência no local de trabalho e ampliando a sua capacidade de transformar ideias em resultados (Joseph Grenny).


Regis Lucci

Linea Consulting