Você tem ouvido falar muito sobre Empatia? Você tem refletido com profundidade como seria este processo? Você acredita que a executa de forma adequada?


Um mundo atual muito diferente, onde as nossas experiências e conhecimentos têm sido desafiados nos limites do nosso equilíbrio socioemocional, uma carência pelo contato com o outro como um reforço para este equilíbrio encontra-se em constante elevação. Assim, palavras como: propósito, adaptabilidade, resiliência e tantas outras, têm recebido com intensidade e frequência mais “colega”, a empatia. 


Um palavra muito poderosa que busca uma conexão mais profunda entre as pessoas. Uma palavra que sustenta uma comunicação não-violenta, com maior compreensão das necessidades e sentimentos entre os agentes. Um palavra que junto com a autenticidade e clareza, é capaz de proporcionar a construção da confiança e da lealdade entre as pessoas. Uma palavra que bem compreendida, diferente de simpatia, é capaz de conectar pessoas com mais profundidade e efetividade. Uma palavra que envolve curiosidade e compaixão. Um processo que passa por entender a perspectiva do outro. Enfim, uma palavra, ou um ato, ou um processo que poderá sustentar o equilíbrio emocional entre as pessoas em tempos onde este requisito tem sido escasso e crucial, para o atual tipo de desafio social pelo qual todos nós estamos passando.


Porém, na incansável e contínua busca pela aplicação da empatia, nós deveríamos, além de entender profundamente seus conceitos e abrangência, procurarmos visualizá-la de forma mais ampliada e sistêmica, pois o seu excesso também produz prós e contras. Ou seja, apesar da sua importância, conhecer os limites de sua aplicação também se torna muito importante. Por exemplo, vale ressaltar que a aplicação constante da empatia pode levar ao cansaço da compaixão. Uma incapacidade aguda causada pelo estresse e pelo desgaste, uma versão mais gradual e crônica desse fenômeno.  O processo de empatia não apenas consume muita energia e recursos cognitivos, mas também se esgota e exige recuperação pessoal entre um processo e outro. Por ser uma recurso que precisa ser renovado, seu uso exige um balanceamento e inteligência na aplicação. Por exemplo, e naturalmente, quanto mais empatia aplico em meu trabalho, um pouco menos aplicarei em minha família, e vice-versa. 


 É indiscutível a importância conceitual e processual da empatia. Mas, o seu uso também requer conhecimentos, planejamento, observação e inteligência.


Excelentes reflexões.


Regis M Lucci 

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