O mundo não mudará a sua imposição por desafios. Por isso, o nosso medo nos acompanha frequentemente. Por que não explorarmos esta emoção, sempre presente por natureza, para nos ajudar em nosso processo evolutivo?
Tempos desafiadores. Quem ainda não parou para observar seu estado de medo? Medo com relação à saúde física, à saúde financeira, às estabilidades relacionais, às estabilidades emocionais, entre tantas outras. O ponto positivo é que toda emoção, incluindo o medo, se apresenta como uma defensora de todo indivíduo. Tudo se resume na forma de como conversamos com este medo, entendimento de sua verdadeira causa, e de como usamos esta energia com nome de medo a nosso favor. Poderíamos falar muito sobre o medo, mas a ideia é darmos uma luz geral sobre o assunto.
O medo está em todas as partes de nossa vida, nos relacionamentos familiares, profissionais e sociais. Inclusive, também quando estamos sozinhos. Impossível viver sem medo, uma vez que sua atenção é a nossa sobrevivência. O medo é uma emoção natural e não pode ser considerada como inexistente. Todo ser humano está conectado com seus sentimentos e, sob adversidades, os mesmos aparecem com mais frequência e intensidade. Por exemplo, a presença do medo pela construção de uma ideia de um futuro desconhecido, define um tipo de resposta específica como: navegar construtivamente na ideia, um congelamento mental diante da expectativa, uma fuga do entendimento e preparação para a concretização da ideia e, ainda, uma luta contra as expectativas negando a potencial situação. Em suma, o medo poderá tomar um de dois caminhos previstos: restringir ou paralisar ou energizar e catalisar para crescer.
Como consequência, se não entendermos e explorarmos esta emoção, a mesma poderá nos colocar em uma situação de paralisia ou nebulosidade sobre a melhor saída para a situação. Por outro, quando compreendido e trabalhado, pode nos colocar em uma situação construtiva levando ao sucesso. Se observarmos, os principais crescimentos individuais e sociais nascem, em sua maioria, dos casos de situações com a presença de um estado emocional de medo. Ou seja, na maioria dos casos de mudança surgem da presença do medo estabelecido. Uma organização agiliza suas mudanças quando se estabelece uma crise e medo pela perda nos negócios. Uma sociedade se movimenta rapidamente com a presença de uma pandemia, a partir do medo estabelecido. Ou seja, uma emoção que nos ajuda a avaliar o que precisamos mudar e ajustar para continuar sobrevivendo. Sempre mudamos na presença do medo, para que a causa do medo criado não volte a acontecer.
Assim, o segredo está em não evitarmos o medo, e sim, como entender a mensagem que ele está trazendo e explorando oportunidades. Como sugestão, por que não iniciar uma vigilância sobre o que está pensando, por exemplo:
- De onde vem o medo?
- Quais os cuidados a serem tomados?
- Quais os sinais de crescimento lançados?
Tenha sempre clareza sob suas metas, veja o medo como oportunidade, amplie as perspectivas, ajustes as expectativas, procure compreender e gerenciar as emoções e, por fim, atente continuamente para o padrão de pensamento pois realidade construída é diferente da realidade instalada.
Vale ressaltar que as organizações, por serem constituídas por seres humanos, também apresentam, em seu dia-dia, uma atmosfera de medo. Seja um medo trazido por experiências de seu passado, seja pelos desafios do presente ou, ainda, seja pelo tipo de expectativa projetada no futuro. Portanto, os modelos de transformação organizacional devem, na dimensão indivíduo, trabalhar as emoções e, em particular o medo. Uma importante proposta contida no modelo Design to Change da Linea Consulting.
Reflexões!
Regis Lucci - Linea Consulting